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Vem... e mergulha nos meus olhos
preciso que vejas, ao menos uma vez
o espanto e pesadelo
que a tua ausência deixou em mim
Suplico que venhas
que te sentes um pouco, que sintas
esse meu pânico em prosseguir
sem a segurança de tuas mãos nas minhas
Preciso que sintas o quanto
agora sou sozinha
pois que depois de tua partida
eu me inclinei às despedidas
Preciso que vejas... quantas feridas
em teu lugar
o quanto ficou difícil confiar
e a insistência em tentar me ocupar
Pra não sentir... e servir em mim de novo
sem ter que guerrear com a dor
...servir à alguém
que precise de algo de mim
assim como precisei de ti
Para que eu não me sinta tão estranha
para que eu possa voltar pra casa
ao fim do dia
...depois de chorar um tanto pelo caminho
e jurar que já doeu tudo que tinha pra doer
Eu preciso que me digas o porquê
pois que os olhos perdidos em lágrimas
muito pouco vêem e nada compreendem
- desse paraíso inteiro, descumprido
e a alma toda marginalizada.
4 comentários:
Lu:
Mas, estes versos são de uma beleza e sensibilidade sem fim... Não existem adjetivos, agora, para descrever o sentimento que se apossa do poeta leitor. Ainda que tenham sido endereçados pela autora a quem somente ela conhece, bate às portas de qualquer que o leia e que tenha guardado no escaninho da alma algo que perdeu em qualquer sentido de perda.
Nada que eu disse aqui, fará jus ao que leio, creia.
1 ab com muita admiração.
Chorei lendo, estou arrepiada Lu!
Ai linda, caiu um cisco no meu olho 😭
Boa noite Lu Mansanaris,teus versos falam de uma personagem que deseja dividir a vida com quem lhe parece interessante desde o princípio até os seus dias atuais parabéns pelos vossos inspiradores versos, um beijo MJ.
Conheço essa dor e me emocionei com sua poesia
Profundo e muito belo
Obrigado poeta
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