Trago o engasgo d’um verso
– maduro e tristonho –
de floradas passadas
e inocências perdidas...
um verso de memória oceânica
guardada, em redil de pedras
e labirinto de astros
– que é sangue ungido de vulcões –
um verso, que mais nada diz,
posto que é rima cansada
amanhecida, sem asas,
nos asilos da emoção.
2016 [ Desafios do
Tempo ]