Nunca é tarde num cais
e se vens, aventuras em mim,
a mística de tua chegada
E todas as minhas águas
sujeitam-se em ondas de rezas
de faróis e sorte
Chegas, distinto
apontando às asas dos mastros
com teu riso
de pássaro, a proa
Sabendo-te absolvido
dos momentos em que navegaste
- a saudade e fogo -
cada um dos meus sulcos
Encorajando-me aos abraços
de lábios em pétalas de brisas mornas,
- sol noturno e maresia -
Alongas-te às voltas
mas é em mim que tens
a melhor das rotas
Aportas
e o teu olhar é todo porto
- eu oceano -
...Reféns d'um tempo que insiste
em nos remar.
Em 11/09/16
*Para Laura e Pedro/Guarujá
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