​"Cabe-nos a tarefa irrecusável, seriíssima, dia a dia renovada, de - com a máxima imediaticidade e adequação possíveis - fazer coincidir a palavra com a coisa sentida, contemplada, pensada, experimentada, imaginada ou produzida pela razão." Goethe​

PERPETUANDO



                             Os meus olhos são dois andarilhos
                             Procurando morada,
                              Em tudo o que veem.


                                              A minha casa é abrigo
                             Ao que cabe no espaço de tempo
                             Entre um e outro 
                             - E também plurais -
                             Sentimentos.

                                        ...A esperança, é visita amiga
                             Que me chega, quando todo o resto 
                             Torna-se tarde demais.

                                                      [Eu moro no tempo 
                             E em todos os milagres que me são
                             Concedidos, sentir]
                        
                             Tenho o sol, como abajur que ilumina
                             A disposição da mobília
                             Dos meus sonhos...
                             ...As estrelas, são a minha rua,
                             A lua, é a janela...


                             ...E é por ela que se espia
                             A suave dança das marés
                             E é por onde se alumiam
                             As diferentes fases
                             Da vida.

                                         A porta, são todos os trilhos
                              Por onde os meus olhos andarilhos
                             Podem passar.


                              E se me enriquecem, as descobertas, 
                              Também me aumentam,
                              Um pouco mais,
                              A sorte das essências, que
                              Comigo se deixam, levar. 

             Imagem: Google


16 comentários:

Mar Arável

Imagem e texto

um casamento partilhado

Amanda Lopes

Que mundo lindo o seu! Agora quando eu olhar para o céu, irei me lembrar de que "as estrelas são a sua rua e a lua a sua janela"
Os seus versos são singulares é lindo poder sentir suas letras!
Um poema impecável que demonstra gratidão pela essência que a acompanha.
Que é amor!
Um beijo querida poetisa.

Cidália Ferreira

Poema lindo de mais!

Beijo, bom fim de semana.

Coisas de Uma Vida 172

Anônimo

Amiga Lucy.
Felizes os simples de coração que permitem aos olhos a humildade de percorrer a procura de algo que ainda não tenha, contemplando cada visão como um milagre e descoberta, porque tudo se renova todos os dias e por isso habitamos o tempo, o tempo em que cada coisa dura. Você desfiou com perfeição o Grande Mistério.
Quantas vezes percorremos as estrelas como fossem ruas? Quantas vezes fitamos a lua como janela mensageira por onde espiamos segredos, sentimentos e indagações? Quantas vezes percorri seu poema aqui apresentado sem sabe-lo?
Me chega hoje pelas linhas sensíveis do seu coração e com a grandeza da essência com que a acompanha, traduzindo milagres que chamamos de rotina.
Teu poema é um retrato sábio e positivo da vida que nos é ofertada.
Minha amiga Lucy, que o astro sol continue iluminando a mobília dos seus sonhos, recordando memórias que lhe tragam poemas desta grandeza e profundidade.
Forte e terno abraço, Humberto.

Unknown

Sempre bom passar por aqui Lucy.

Suzete Brainer

Um Poema belíssimo, na melodia feminina, um sentir
luminoso que nos envolve, nos abraça na leitura.
Ricas metáforas plenas de encantamentos:
"Tenho o sol, como
Abajur que ilumina
A disposição da mobília
Dos meus sonhos..."
A tua Poesia é especial, querida Amiga!!
Adoro voar aqui!...
Beijos e abraço de paz que leve para a alma,viu?...rss

SOLIDARIEDADE

A vacância de um coração, de um sentimento, sempre aberto, sempre na expectativa do novo, isso é fé, e da boa !! Uma bela canção.
Beijos, Lu

Miguel Jacó

Bom dia Lu Mansanaris, teus versos enredam uma personagem mergulhada no incenso da vida, e deste recolhendo seus melhores perfumes, e descartando suas poluentes fumaças, parabéns pelo eloquente poema, e apaixonante ilustração, eu te desejo um abençoado final de semana junto aos teus entes queridos, um beijo com carinho neste teu afetuoso coração que o meu coração tanto ama,MJ.

Unknown

Eu chamo a isso de lucidez plena. Nem as peculiares sombras de nossas almas foram capazes de impedir a preciosa fluência de se estabelecerem, em forma saudável de atmosfera.

Unknown

Eu chamo a isso de lucidez plena. Nem as peculiares sombras de nossas almas foram capazes de impedir a preciosa fluência de se estabelecer, em forma saudável de atmosfera.

nelson de Medeiros

Lu, quanta grandiosidade.!
“Tenho o sol como abajour que ilumina a disposição da mobília dos meus sonhos... As estrelas são a minha rua, a lua, a janela...”
Que linda metáfora para descrever a alma sonhadora e leve da poetiza!
Todo o poema é de uma brandura e de uma clarividência da vida Maior que comove.
Nada mais pode ser dito... Apenas ler... e pensar...
Forte abraço com a admiração de sempre
Nelson

Leonardo Sasseron

Belíssima e plena!

ania

Delicadezas são teus poemas, veja só a suavidade e a enorme sensibilidade deste poema e de todos os outros que já escreveste...todos pura emoção,todos puro encanto! Um abração Luzinha, cheinho de saudades!!!

Camila

Sensibilidade assustadora.
Lindo demais Lu!

Anônimo

Amiga linda!! Saudade de te ler!!! Ter o sol como abajur para iluminar os sonhos é mesmo uma dádiva, presente de Deus. Lindo passear por esses versos de puro encantamento. seu blog um showw, amei tudo aqui, bjsss, parabéns!!!

Leonardo Sasseron

ESPLENDOROSA!

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