​"Cabe-nos a tarefa irrecusável, seriíssima, dia a dia renovada, de - com a máxima imediaticidade e adequação possíveis - fazer coincidir a palavra com a coisa sentida, contemplada, pensada, experimentada, imaginada ou produzida pela razão." Goethe​

CONTRA_TEMPO


São como lâminas
As nuvens que embaçam o olhar
E mascaram verbos

São destas nuvens
Que se chovem os dentes afiados
Que atracam carne e ossos

Roem, rangendo trovões
Alagam rios de cinzas e tormentas,
Desfragmentam crenças.

Estação de sombras
Uma pequena parte, de tantas outras.

É como um mapa
Desenhado errado, atraso na viagem.

Imagem: brooke shaden 


6 comentários:

Anônimo

A poetiza tem uma visão profunda sobre as coisas mas é delicada no descrever, lindo!
Ab, Renato.

Anônimo

Que lindo Lu! Saddes amiga querida!
Bjos, Maria Emilia.

Anônimo

Menina de alma antiga.

Anônimo

Boa noite Lu, teus versos fazem uma simbiose do real com o mito para dar pluralidade aos anseios, e satisfações da tua dinâmica personagem, parabéns pelo vosso eloquente poema, eu te desejo uma semana de muitas satisfações, um beijo com carinho neste teu bondoso coração, que o meu coração tanto ama, MJ.

Vanessa M.

Belíssimo poema! Achei-o verdadeiramente inspirador, profundo e carregado de sensibilidade, cheio de metáforas muito bem utilizadas e que dão vida aos versos..

Tenha um maravilhoso 2016!
Um forte abraço

Anônimo

Concordo com o que já disseram.... És realmente uma menina de alma vetusta...
Grande abraço
Nelson

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