Ah pobre coração
de
espírito vencido
Vaso
partido
em
que primaveras
não
lhe cabem mais!
Na
desilusão assombrosa
o
mal fino e profundo
apurando
a imensidão
de
seus tantos ais.
E se ainda não bastasse
estes
olhos por mastigar
uma
lua triste e solitária
cobrindo a alma
de remorso.
Celestiais
todos ausentes
somente
um céu
vestindo
a fúria de um mar
pronto
para desaguar
as
suas espumas flutuantes.
Ah
esses ventos
de
maus presságios
hão
de levantar novas mágoas
obrigando
o peito a naufragar.
E
antes de romper o dia
no açoite de um raio,
o
último soluço do moribundo
no
seu ritmo mais lento,
a sua música mais fria.
2 comentários:
This is nice.
Apesar de triste, as cenas que descreve são grandiosamente lindas e únicas.
Prazer imenso ler-te menina poetisa!
Abraços cordiais, Renato.
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