A cada metro que avanço,
volto um pouco mais ao passado.
( E estas horas,
que só me lembram atrasos? )
Então acelero, querendo parar.
"Engulo a lágrimas" alguns sentimentos,
aumento o som
buscando, a todo momento
calar a voz do pensamento.
Peço passagem à vida da frente,
que decerto, por estar a passeio
permanece indiferente.
Aumento mais um pouco o som,
- prefiro assim, tremendo-me o íntimo
agitando inda mais os meus tumultos. -
Mas, a certa altura,
a velocidade da vida da frente
parece-me um insulto.
Mudo de faixa, ultrapasso errado
passo, fora de compasso
evitando o retrovisor.
Acelero, enquanto congelo
o pouco que me restava de emoção.
Desligo-me em meu destino,
suspiro profundamente, invento um
riso
e a bolsa me leva pelos ombros
rumo a um passado cheio de escombros
e vidas vividas na contramão.
Lumansanaris
Imagem: Tumblr
Música citada no texto: Feel the Light
Música citada no texto: Feel the Light
7 comentários:
Essa facilidade em expor as vísceras me encanta poetiza Lucy.
Intenso demais te ler menina, obrigado pela emoção!
Abraço.
Um poema intenso que mostra a força da sua sensibilidade. Parabéns!
Beijos,
Élys.
Letras hermosas!!!
En este día tan especial paso a desearte un hermoso domingo de Pascua y un comienzo de semana repleto de alegría.
Muchos cariños!
Bajo la Lupa
Lindo poema, desejo-lhe um ótimo final de domingo de Páscoa
Beijos
O passado deixa marcas indeléveis em nós.. Mas, sempre temos motivos para olhar em frente!
Maravilhoso poema.
Um grande abraço
E ótima semana a ti..
Nunca um poema disse tanto do meu atual momento.Excelente!
Um prazer passar por aqui.
Beijinho.
Show de versos e inspiração. luz e paz. Bjs
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