Peço-te, amor
que no momento em que me
vires chorar
lembra-te de que
hoje, ainda é muito cedo.
Permita-me então
que eu te enfraqueça pelas
lágrimas
apenas desta vez e talvez,
nunca mais.
Não queira que a tua lembrança
colonize-me feito pedra
pois, se endurecida,
solidifica-me também
toda a essência.
Demando-te em cascata,
cerimoniando-me a curva dos olhos
desaguando na virgem face, a
contrição.
- quase que como a um benzimento -
Livra-me o constrangimento do falso
riso,
pois hoje eu te rio, cachoeira e
oceano
todos eles, em salgado pranto.
Então, deixa-me aqui,
que por este sal te liberto.
E quem sabe assim
amanhã, eu volte a ser
melhor para mim
somente por não te ter
tão dentro
e deserto.
lumansanaris - in Digitais da Alma,
pág 48 -
Imagem: Google
6 comentários:
Hum! Dá gosto ler coisas assim!
Paz no seu dia!
Lucy,
obrigado por toda essa facilidade em surpreender os seus leitores!
Um forte abraço, Humberto.
Lágrimas... ausência e sdd fazem parte do amor e de qualquer relação humana.
bjokas =)
SERGIO NEVES - " ...amanhã, eu volte a ser melhor para mim..." -plagiando-te um pouquinho, pelo que de tanto a mim encantas: "... hoje, voltas a ser o melhor para mim..." / Carinhos.
Esse poema me encanta Lucy, aliás, o seu livro todo é extremamente lindo, parabéns pelo dom!
LUCY,
TODOS OS DIAS VENHO SONDAR ESSA POESIA!
Postar um comentário