​"Cabe-nos a tarefa irrecusável, seriíssima, dia a dia renovada, de - com a máxima imediaticidade e adequação possíveis - fazer coincidir a palavra com a coisa sentida, contemplada, pensada, experimentada, imaginada ou produzida pela razão." Goethe​

O AMOR E O TEMPO...


Ai de mim
quando caprichosos, os ponteiros do relógio
teimam em valsar lentas as horas.
Percebo-me desejando toda a mágoa do céu
para apagar as vivas brasas de minha alma.
É como um forte estremecer de um coração
que já não cabe mais no peito
por estar repleto tão somente de ti...
É uma incansável busca
de tudo o que já se tem, no peito.
Ah, quando se ama tanto assim
não tem jeito,
você deseja ao outro, todos os sorrisos
querendo intimamente, ser a razão deles.
E as horas, caprichosas
reafirmam a cada momento
o quão grande é o sentimento.
Então todas as ilusões, passam a ter mil razões
calam na alma...
E nesse silêncio, vem o vento
balbuciar ao ouvido 
que acarinhou a desejada pele
- tão virgem de mim -
Mas eu sorrio, disfarço o meu ciúme
por saber que da tua existência,
o perfume, está impregnado em mim.
Então, por um momento
A minha alma repousa no jardim dos sonhos
mais lindos...
E o vento novamente se movimenta
segue o seu curso...
O tempo, incorruptível, não para...
Acordando-me novamente com a valsa das horas.

Lumansanaris
Imagem: Google

Um comentário:

Arnaldo Leles

Poesia para arrancar lágrimas
de quem se sente só.
F. Bem!

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