Ai de mim
quando caprichosos, os
ponteiros do relógio
teimam em valsar lentas as
horas.
Percebo-me desejando toda a
mágoa do céu
para apagar as vivas brasas de
minha alma.
É como um forte estremecer de
um coração
que já não cabe mais no peito
por estar repleto tão somente
de ti...
É uma incansável busca
de tudo o que já se tem, no
peito.
Ah, quando se ama tanto assim
não tem jeito,
você deseja ao outro, todos os
sorrisos
querendo intimamente, ser a
razão deles.
E as horas, caprichosas
reafirmam a cada momento
o quão grande é o sentimento.
Então todas as ilusões, passam
a ter mil razões
calam na alma...
E nesse silêncio, vem o vento
balbuciar ao ouvido
que acarinhou a desejada pele
- tão virgem de mim -
Mas eu sorrio, disfarço o meu
ciúme
por saber que da tua existência,
o perfume, está impregnado em
mim.
Então, por um momento
A minha alma repousa no jardim dos sonhos
mais lindos...
E o vento novamente se movimenta
segue o seu curso...
O tempo, incorruptível, não
para...
Acordando-me novamente com a
valsa das horas.
Lumansanaris
Imagem: Google
Um comentário:
Poesia para arrancar lágrimas
de quem se sente só.
F. Bem!
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